Caruru - Um prato, dois continentes

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Calulu o prato além fronteiras....


Sabias que o famoso Calulu que nos foi trazido pelos angolanos na época colonial e que hoje é um dos pratos mais importantes na gastronomia são-tomense, se não o mais importante também existe no Brasil, mais especificamente na Baía com o nome de Cururu?


Afinal o que é caruru?

Caruru, é um cozido de quiabos, que costuma ser servido com acarajé ou abará, com pedaços de carne, frango ou peixe, camarões secos, óleo de palma e pimenta.

É prato típico da culinária baiana, com ascendéncia africana. É usado como prato do ritual do candomblé.



Este prato como todos os outros, ao longo dos anos tem sofrido algumas alterações, como também podemos constatar no calulu de São Tomé e Príncipe e a de Angola, que devido a globalização, as influências europeias e a falta de tempo, tem feito com que este prato já não seja o que foi há muitos anos atrás.

Acompanhamentos


O caruru pode ser servido com arroz branco, mariscada, galinha ou moqueca de peixe ou de bacalhau.

Semelhanças e diferenças:

À semelhança do calulu, o caruru tem como ingredientes principais, o quiabo e o azeite de palma e o facto de este poder ser confencionado com peixe ou galinha, bem como pelos seus acompanhamentos como é o caso de arroz ser muito frequente em ambos.

Quanto às diferenças, essas são muitos, ao contrário de calulu de São Tomé e Angola, o caruru não leva as folhas  que são o ingrediente que mais carateriza a gastronomia são-tomense e que a torna tão única  e peculiar, nem o maquêquê, mússua, óssame, beringela, pau de pimenta, mosquito, fruta-pão, farinha de mandioca entre muitos outros.

Como podemos constatar, apesar de haver algumas semelhanças entre estes dois pratos, ainda existem muitas diferenças.

Mas é isto que torna o nosso calulu tão único e belo, pois não existe igual em nenhuma parte do mundo.



Caruru

Calulu de Angola

Calulu de S. Tomé e Príncipe






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